terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Chuva


A chuva tão necessária à terra, invade e se apropria de cada pedaço de mim, no momento em que paro à espera da calmaria. Pouco a pouco as gotas caídas percorrem cada parte do meu corpo. Primeiro a pele, que é tocada resfriando-se, pedindo, quase me súplica, pra que eu a aqueça, tato, meus sentidos parecem despertar (sequer estavam adormecidos... estranho). Em seguida, minha cabeça. São meus pensamentos, que me levam muito distante, para além de mim... Penso em tudo, em todos, nos que conheço, nos que me são indiferentes - não "fariam diferença" em outro momento qualquer - mas ali, naquele momento, tocam-me de alguma maneira. Primeiros minutos... espero que cessem as águas. Vi de tudo um pouco: agonia, ventania, correria, gritaria. E eu ali, pa - ra - li - sa - da. Admirada?! Acho que não. Indignada?! Isso!!! Era exatamente esse o meu sentimento, indignação.
Trinta minutos alagados, frios e desanimadores, mais tarde, eis que a água começa a baixar. Os trabalhadores, como eu, podiam despertar do momento inerte que viveram, impotentes, mais uma vez, e seguirem rumo ao aconchego dos seus lares.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia linda :)

por aqui algum frio, mas vem acompanhado de um solinho maravilhoso.

bijinho*