Além de diplomada em História da Arte pelo Museu do Louvre, Paris, Denise Guinle é escritora. É dela essa poesia que eu trago para dividir com vocês.
Adorei o livro! Selecionei minhas favoritas e vou postá-las aqui, dividindo-as com os amigos queridos.
Escombros
Percebidos
entre sombras,
embolando um cobertor,
não são homens -
são escombros,
de miséria e dor.
Escombros
dessa cultura
insaciável,
covarde,
que monta
tal escultura
com restos
da humanidade.
Vultos tão
imprecisos
de uma cor
escura e vaga.
São dejetos,
ou são gente
que largaram na calçada?
As gentes que se deparam
só desviam o
olhar
dos corpos que,
empilhados,
desistiram de lutar.
São inchados,
são doentes.
Seu condomínio
é a praça.
Mas são gente como a gente
excetuando
a desgraça.
Brigam por
langanhos duros
que, nos gravetos,
aquecem.
Não choram,
gritam perjuros,
ficam bêbados,
e esquecem...
A roupa,
apenas trapos
cobrindo
suas magrezas.
Já não sentem
mais vergonha
bastam-lhe
as tristezas.
E porque
sentir vergonha
da fome que
os acossa?
A penúria
é seu legado
mas a omissão
é nossa.
6 comentários:
que bom!!! porque amigo nunca é demais :) :) :)
bijinho* linda
Oi minha querida!
Adorava ler mais... mas o tempo não dá para tudo e qdo chego à cama para ler já estou de rastos e o livro fica a "pesar" muito...
Linda poesia :)
Beijo Light
CC
Olaa!!
To passando pra desejar um otimo final de semana!!
Beijaooo da Morena!
Uma porrada pra acordar numa poesia para amenizar... =)
Besossss!
É isso mesmo Ludmila. Ótima sua colocação.
Beijos
Chocante! Concordo com a Ludmila! é um soco na consciência!
Ótimo final de semana Mari! bjão
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